O que você precisa saber sobre dislexia

Hoje, 16 de novembro, é Dia Nacional de Atenção à Dislexia. Em parceria com a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), nós preparamos um conteúdo sobre o assunto, para ajudar a conscientizar e esclarecer as principais dúvidas da população.

Para começar, vamos entender o que é a dislexia!

Trata-se de um transtorno específico de aprendizagem, de origem neurobiológica, resultado de um déficit no componente fonológico da linguagem. A principal característica da dislexia é a dificuldade no reconhecimento das palavras e na habilidade de decodificação.

Alguns sinais indicam a possibilidade de uma pessoa ser disléxica. Na idade pré-escolar, por exemplo, esses sinais são, principalmente:

• Dispersão;
• Dificuldades para aprender rimas e músicas;
• Atraso no desenvolvimento da fala e da linguagem;
• Atraso no desenvolvimento da coordenação motora.

É muito comum que as crianças pequenas já comecem a apresentar esses e outros sintomas. Quando é o caso, é importante que os pais estejam atentos e procurem um médico, para iniciar um tratamento precoce.

Entretanto, a dislexia não está restrita aos pequenos. Por vezes, ela só é percebida quando a criança apresenta problemas na alfabetização, na leitura ou na escrita. Pessoas mais velhas também podem identificar o transtorno posteriormente, visto que não há uma “idade máxima” para isso. Luiz Gustavo Sini, psicólogo da ABD, explica que a conclusão do diagnóstico é que só pode ser feita em pacientes que já completaram a alfabetização de fato.

Com o diagnóstico inicial, é imprescindível que haja uma intervenção. Luiz Gustavo afirma que ela é realizada de modo multidisciplinar, com diversos profissionais se unindo para oferecer as melhores opções de tratamento disponíveis. Cada indivíduo requer atenção especial, pois todos os casos são singulares. A estratégia para o tratamento de uma pessoa com dislexia não será a mesma para outra pessoa.

Os pais de crianças que apresentem dislexia deverão seguir as orientações médicas e compreender as particularidades de seus filhos, para auxiliá-los como for possível durante o cotidiano e, principalmente, com as atividades escolares.

Um dos métodos recomendados pela ABD para aprimorar a leitura é estimular outros sentidos, em especial a audição. “Algumas pessoas disléxicas são muito boas visualmente ou auditivamente. O acompanhamento da leitura com a ajuda da audição, como ocorre com o uso do OrCam MyEye, por exemplo, é muito útil”, ressalta Luiz Gustavo. “Um texto simples, que poderia levar 10 minutos para ser lido, por exemplo, tem seu tempo de leitura reduzido significativamente”.

Se você quiser saber mais sobre dislexia e descobrir aulas, eventos e materiais de apoio para tratar do assunto, visite o site da ABD: www.dislexia.org.br