Marina Guimarães – cega de nascença, bailarina da associação Fernanda Bianchini – Ballet de cegos , nutricionista, escrevente do Tribunal de Justiça.
“Existe muita coisa que a pessoa com deficiência visual não consegue fazer. Uma delas é passar o tempo em uma livraria folheando livros. Para uns, pode ser insignificante perto de outras tarefas que não fazemos. Outros ainda podem se incomodar bastante com isso. Para mim, sinceramente falando, era algo inimaginável pelo simples fato de nunca ter feito isso antes. Eu gosto de ler. Já li livros em Braille, já li áudiolivros, já li livros em formato digital. Pela primeira vez consegui folhear livros em uma livraria através da OrCam My Eye, uma câmera que pode ser acoplada a quaisquer óculos e, ao fotografar a página, transforma em áudio o conteúdo textual. Difícil descrever a sensação porque muitas vezes não valorizamos nossa liberdade de escolha, que de tão simples, esquecemos de lembrar.
Essa ainda é a primeira versão dessa tecnologia e, com certeza muitas melhorias virão por aí. E isso é inclusão. Poder escolher uma ou várias formas para ter acesso à leitura. Todas as tecnologias são bem-vindas.
O tempo não para, a tecnologia também não, e eu só agradeço por essa oportunidade.”
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